Família de Nazaré: Camisinha nas escolas e cartilha sexual para os jovens. Você aprova?

Camisinha nas escolas e cartilha sexual para os jovens. Você aprova?


É. Parece que o governo está realmente empenhado em dar uma educação bem variada aos nossos jovens.

Leia Mais e Veja um Vídeo...

comentei aqui o projeto do governo de colocar máquinas automáticas para distribuir camisinhas nas escolas. Volto ao tema, que está ganhando cada vez mais projeção, por sua evidente importância.

O Globo on line publicou uma matéria muito estranha. Segundo uma pesquisa realizada, 63% dos pais seriam favoráveis a essa medida. Quando aparecem pesquisas, estatísticas, números, as pessoas têm a tendência de acreditar cegamente, como se fossem coisas exatas. Mas é necessário cuidado, pois a exatidão é só aparente, já que tudo depende da maneira como a pesquisa é realizada. Como dizia o estadista inglês Benjamin Disraeli (1804-1881) a respeito do perigo desse tipo de informação: "Existem três tipos de mentira: mentira, mentira deslavada e estatística". Diante de toda pesquisa devemos sempre nos perguntar: quais os critérios usados, como as pergundas foram formuladas, etc.

E basta ver os comentários na própria matéria do Globo on line para verificar que não é bem verdade que os pais aprovem tal medida. As pessoas costumam se manifestar de forma bastante contrária ao projeto.

Jozão é um deles. De maneira bastante plástica, faz uma analogia:

Essa situação é comparável a se entrar em um avião que não recebe manutenção, pilotos não são capacitados, operadores estressados, transponders desligados, pistas alagadas, etc., e dar um pára-quedas aos passageiros.
E Weslei Vaz Esteves, no mesmo sentido:
Uma iniciativa deste tipo só faz aumentar o número de jovens "irresponsáveis" que fazem de uma relação sexual uma brincadeira. Para dar ao jovem um conhecimento maior sobre a sexualidade a educação deve partir dos pais, com uma orientação saudável sem colocar um objeto (camisinha) nas mãos de "crianças" que muitas vezes são estimuladas por este, a uma relação irresponsável, sem a devida preparação, incentivando uma prostituição maquiada, fazendo de seus corpos objetos.
E não é só. Reinaldo Azevedo, em seu blog da Veja on line, publica o artigo chamado Salvem as suas crianças de Lula. Ou não. Eu salvo as minhas. Convido você a ler com atenção essa matéria (clicando nesse link, você será levado à página. Basta ir descendo para encontrar o texto. Veja também os comentários).

Ele é um dos primeiros que aborda de maneira crítica a cartilha que o governo pretende distribuir nas escolas. Segundo ele:
A cartilha sexual de Lula é destinada a jovens entre 13 (!!!) e 19 (!!!) anos, como se essa faixa etária existisse. Observem: estamos falando praticamente de uma criança e de um adulto, ambos expostos à mesma informação e, lamento dizer, estimulados a praticar sexo, inclusive entre si — o que pode até configurar crime. Tanto uns quanto outros lerão nas cartilhas entregues por Lula coisas assim:

- O beijo é como chocolate por "aguçar todos os sentidos" e "liberar endorfinas". E tem uma vantagem: "queima calorias", ao contrário do doce.

- Há espaço na cartilha para o estudante — de 13 a 19 anos, reitero — relatar suas “ficadas”. E o governo federal ensina que ficar compreende “beijar, namorar, sair e transar”.

- O pênis com a camisinha é chamado de “O pirata de barba negra e de um olho só [que] encontra o capuz emborrachado". A associação entre pênis e pirata merece um estudo...

- O uso dos verbos no imperativo não deixa a menor dúvida: “Colocar o preservativo pode ser uma excelente brincadeira a dois. Sexo não é só penetração. Seduza, beije, cheire, experimente!".

A cartilha de Lula é pornografia pura e simples. E eu não lastimo apenas o gosto estético de quem redigiu, mas também a saúde mental. Quem se dirige a crianças e adolescentes nessa linguagem tem problema. Precisa se tratar. Se algum adulto, na minha presença, referir-se a sexo, nesses termos, com as minhas filhas no ambiente, leva um tapão na orelha. Leva um pé no traseiro.
(Veja aqui um video sobre a cartilha)

Algumas autoridades já se posicionam contrários à medida. A Tribuna de Vitória publicou a reportagem Sedu proíbe camisinhas em escolas, noticiando que as unidades da rede pública do Espírito Santo não distribuirão preservativos. Segundo a subsecretária da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), “nós entendemos que nossos alunos têm diferenças culturais e religiosas que devem se respeitadas. Por isso, optamos por não distribuir”.

O G1, site de notícias da Globo, também noticiou o posicionamento contrário de Cristóvam Buarque. Segundo a notícia:
Para o senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (PDT-DF), o plano de implantar máquinas de camisinhas na rede pública é superficial e não toca na questão fundamental: a conscientização dos adolescentes. “O problema não é a falta de dinheiro para a compra de preservativos, mas a falta de educação sexual.” O senador diz temer os efeitos que o contato direto de crianças e adolescentes com as máquinas poderia trazer. “Temo que isso estimule a iniciação sexual precoce dessas crianças.”
O problema da AIDS ou gravidez precoce não é um problema técnico (do tipo como fazer) mas um problema ético (do tipo o que devo fazer). Acho que apostar as fichas nos preservativos é encarar a questão de modo equivocado. O governo americano tem se empenhado em uma educação sexual que privilegie a abstinência. Embora recentemente tenha sido divulgado que tais programas não têm alcançado resultados positivos, acredito que é necessário se aprofundar mais nesta linha de ação. Especialmente, devem ser fomentadas aquelas instituições civis que favoreçam essa educação - família, grupos de apoio, igrejas -, uma vez que nesta matéria não basta uma informação tecnicamente adequada, mas principalmente a presença de pessoas com vínculo real com o jovem. Penso, assim, que o Estado deve fomentar a educação na abstinência, apoiar instituições que o façam de maneira mais eficiente.



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