Um aniversário sem aniversariante?
Essa semana saiu uma notícia no “O Globo” que dizia: “Para os internautas, o Natal é cada vez mais, um evento comercial”. Das 1.169 pessoas que opinaram entre o 17 e 23 de novembro, 86% fazia mérito ao titular da notícia. Por outro lado, quando foi lhes perguntado o que era o primeiro que lhes vinha à mente quando pensavam no Natal, quatro em cada dez respondeu que “Papai Noel” e pelo contrário, o nascimento de Cristo ocupou só o quarto lugar entre as menções. Outro dado interessante: o 79% que respondeu a pesquisa não sabia qual era o verdadeiro motivo da celebração.
Alguma vez celebramos um aniversário sem saber quem era o aniversariante? Parece que isto está ficando de moda. As pessoas estão antecipando os presentes e as celebrações de Natal sem saber o que celebram! Embora pareça ilógico, a realidade fala disto. Acredito que este fenômeno não evidencia somente um problema religioso, mas também uma falta de reflexão em geral. Como celebrar se não sei o que estou celebrando? por que me alegrar se não sei qual é o motivo? O comércio, as luzes, os presentes, e todo o ambiente festivo levam as pessoas a alegrar-se, mas não são poucas as que não sabem por que celebram.
Quando na escola ou universidade se ensina a abordar um tema ou fazer uma investigação, o primeiro que se ressalta é: qual é o aspecto mais importante disto? o que é o essencial?, para depois ocupar-se dos detalhes de tal forma que os elementos acessórios ajudem a esclarecer e aprofundar naquilo que é central.
Com o Natal parece que acontece o contrário. As pessoas já não param para pensar o que é o mais importante desta festa, mas se concentram naquilo que adorna, que é acessório e que deveria contribuir a enriquecer a compreensão do essencial. Assim, terminam fazendo da celebração uma realidade vazia, sem sentido. Alguns a chamam simplesmente de “festa da paz” ou “festa da família”, mas sem saber por que. Não que o Natal não celebre a paz ou que não seja uma instância para que toda a família se reúna, mas isto tem um sentido mais profundo e que lhe dá consistência: o nascimento do Reconciliador da humanidade, o Senhor Jesus.
Por que foi tão fácil e rápido o esquecimento? O consumismo, a rapidez da mudança, as múltiplas ofertas que se oferecem evidentemente influenciam com força. Mas este fenômeno não seria tal se existisse maior reflexão e consciência cristã da realidade. Basta nos perguntar: o que celebramos? ou qual é o sentido da festa? para recordar que o Natal é Jesus e que sem Ele, o aniversário não tem aniversariante.
A celebração natalina é efetivamente uma festa de paz, de reconciliação e particularmente uma festa familiar. E isto é porque nos alegramos pelo dom do nascimento daquele que veio para nos trazer a harmonia que necessitamos, a paz que deseja o coração e o amor sem limites de Deus que não mede forças para que sejamos felizes. Como não nos alegrarmos imensamente por isso? Natal é Jesus!
Gostei muito da matéria, especialmente quando indica que o problema do esquecimento da celebração no natal, mais do que ser religioso, é um problema de reflexão em geral. Essa é uma abordagem que falta na quase totalidade dos textos que encontramos sobre esse assunto na internet. E também achei fantástica a imagem que ilustra a matéria, porque um bolo pairando no ar é como uma celebração sem fundamento (no caso, sem se refletir sobre o fundmento, o sentido da celebração).
ResponderExcluirO natal realmente não pode ser apenas a entrega dos presentes ou a reunião famíliar. Deste modo, não teria sentido se preparar um mês inteiro, apenas para celebrar uma reunião famíliar como as outras. O Tempo do natal começa no dia e 25 e se prolonga ainda por um período em que devemos continuar nossa busca pela reconciliação e adesão ao Deus Menino.
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