Educação para os meios de comunicação
Ontem alguém me comentou como as novelas influenciam negativamente no comportamento de certas pessoas. A melhoria do conteúdo daquilo que é veiculado é sempre um objetivo valioso. Mas penso que também deve haver uma correta educação por parte das pessoas, para que possam lidar com os meios de comunicação de massa.
Estive lendo esse pequeno artigo sobre educação para os meios de comunicação. Acho que as pastorais de família e os movimentos deveriam se preocupar com esse tema, inclusive formando pessoas altamente qualificadas no assunto. Não só para que essa educação seja fornecida na escola, mas para que os próprios pais possam se formar adequadamente, a fim de saber dialogar com os filhos e mostrar-lhes, como diz o texto, "que nada é neutro em termos de TV, jornalismo, propaganda, e que por trás de toda a parafernália eletrônica há um poder e uma ideologia trabalhando com níveis muitas vezes subliminares dos telespectadores".
Andei dando uma pesquisada nesse assunto. Encontrei o site Midiativa, e há muita coisa interessante. Lá está o texto O que esperar da TV brasileira, no qual o autor cunhou uma frase lapidar: quanto mais TV nós vemos, mais TV nós ficamos.
Nesse mesmo site, tem a matéria Floribella: a gata borralheira de tênis. É um texto que mostra muito bem como devemos adotar a perspectiva crítica, abordando desde os custos de investimento, a técnica televisiva, o uso de clichês, até indicar como se monta um esquema pré-definido de marketing para venda de produtos vinculados ao enredo.
Claro que a educação para a mídia não se limita à crítica de programação artística. Destina-se a entender os procedimentos utilizados para a divulgação de qualquer informação, e aos conteúdos veiculados. Dessa forma, também inclui a educação para receber informações publicitárias, quando estas, por exemplo, procuram criar necessidades artificiais no consumidor. Difunde-se um consumismo muito grande, ora para adquirir bens que sejam símbolos de sucesso, ora para alcançar o prazer supremo, sempre prometido e nunca alcançado.
Creio que é preciso entender que por trás de qualquer propaganda está o apelo ao desejo de felicidade que não cessa de pulsar na alma, ou, mais propriadamente, a "fome e sede de Deus" que só acalma quando vivemos n'Ele. Na propaganda, não se vende refrigerante, carro, viagens, emagrecedores. No fundo, são valores os que estão sendo "vendidos" (segurança, beleza, saúde, status, prestígio, felicidade), todos vinculados ao produto a ser comercializado. Até mesmo os remédios entram na onda! A princípio, poderíamos pensar que a propaganda de remédio deveria ser direcionada unicamente a médicos, mas basta ligar a TV e vemos centenas delas direcionadas a nós. Existe um interessante documentário no Youtube chamado Big Bucks, Big Pharma abordando os malefícios que esse tipo de propaganda pode acarretar. São apresentados alguns trechos de propaganda americana. Em uma delas, aparece uma mulher tocando um violão e dizendo: "Com Celebrex, eu tocarei a versão mais longa". Um dos entrevistados, afirma algo que me pareceu interessante: a pessoa pode estar se sentindo muito bem, mas quando liga a tv... depois de um bombardeio de propaganda de remédio, fica pensando se realmente não tem alguma coisa. Essa é a força da propaganda. Assistindo aos trechos de propaganda de remédios nos EUA, podemos ver como as agências de publicidade apelam para valores como bem-estar e produtividade a fim de vender seus produtos.
A educação para a mídia tampouco se limita a temas relacionados à TV. Citei a televisão no início porque é o recurso de mídia mais utilizado pelo brasileiro. Mas existem muitos outros meios de comunicação: outdoors, jornais, fotografias, sites, músicas, logomarcas. Até quela propaganda que fica atrás de um gol no estádio de futebol, tudo isso é meio de comunicação. No filme What is media education podemos ter uma visão mais ampla desse tema. Ali se diz, entre outras coisas interessantes, que a educação para a mídia não significa apenas ensinar a ter uma visão crítica, mas permitir que a pessoa saiba lidar com a mídia.
E já que estou me dirigindo a um público eminentemente católico, quero concluir com um pensamento: o Espírito Santo é o melhor educador para a mídia. É ele que nos dá o dom de discernirmos o bem e o mal, o útil e o inútil, o necessário e o desnecessário, o principal e o acessório. Com ele, podemos examinar tudo e ficar com o que é bom.
Estive lendo esse pequeno artigo sobre educação para os meios de comunicação. Acho que as pastorais de família e os movimentos deveriam se preocupar com esse tema, inclusive formando pessoas altamente qualificadas no assunto. Não só para que essa educação seja fornecida na escola, mas para que os próprios pais possam se formar adequadamente, a fim de saber dialogar com os filhos e mostrar-lhes, como diz o texto, "que nada é neutro em termos de TV, jornalismo, propaganda, e que por trás de toda a parafernália eletrônica há um poder e uma ideologia trabalhando com níveis muitas vezes subliminares dos telespectadores".
Andei dando uma pesquisada nesse assunto. Encontrei o site Midiativa, e há muita coisa interessante. Lá está o texto O que esperar da TV brasileira, no qual o autor cunhou uma frase lapidar: quanto mais TV nós vemos, mais TV nós ficamos.
Nesse mesmo site, tem a matéria Floribella: a gata borralheira de tênis. É um texto que mostra muito bem como devemos adotar a perspectiva crítica, abordando desde os custos de investimento, a técnica televisiva, o uso de clichês, até indicar como se monta um esquema pré-definido de marketing para venda de produtos vinculados ao enredo.
Claro que a educação para a mídia não se limita à crítica de programação artística. Destina-se a entender os procedimentos utilizados para a divulgação de qualquer informação, e aos conteúdos veiculados. Dessa forma, também inclui a educação para receber informações publicitárias, quando estas, por exemplo, procuram criar necessidades artificiais no consumidor. Difunde-se um consumismo muito grande, ora para adquirir bens que sejam símbolos de sucesso, ora para alcançar o prazer supremo, sempre prometido e nunca alcançado.
Creio que é preciso entender que por trás de qualquer propaganda está o apelo ao desejo de felicidade que não cessa de pulsar na alma, ou, mais propriadamente, a "fome e sede de Deus" que só acalma quando vivemos n'Ele. Na propaganda, não se vende refrigerante, carro, viagens, emagrecedores. No fundo, são valores os que estão sendo "vendidos" (segurança, beleza, saúde, status, prestígio, felicidade), todos vinculados ao produto a ser comercializado. Até mesmo os remédios entram na onda! A princípio, poderíamos pensar que a propaganda de remédio deveria ser direcionada unicamente a médicos, mas basta ligar a TV e vemos centenas delas direcionadas a nós. Existe um interessante documentário no Youtube chamado Big Bucks, Big Pharma abordando os malefícios que esse tipo de propaganda pode acarretar. São apresentados alguns trechos de propaganda americana. Em uma delas, aparece uma mulher tocando um violão e dizendo: "Com Celebrex, eu tocarei a versão mais longa". Um dos entrevistados, afirma algo que me pareceu interessante: a pessoa pode estar se sentindo muito bem, mas quando liga a tv... depois de um bombardeio de propaganda de remédio, fica pensando se realmente não tem alguma coisa. Essa é a força da propaganda. Assistindo aos trechos de propaganda de remédios nos EUA, podemos ver como as agências de publicidade apelam para valores como bem-estar e produtividade a fim de vender seus produtos.
A educação para a mídia tampouco se limita a temas relacionados à TV. Citei a televisão no início porque é o recurso de mídia mais utilizado pelo brasileiro. Mas existem muitos outros meios de comunicação: outdoors, jornais, fotografias, sites, músicas, logomarcas. Até quela propaganda que fica atrás de um gol no estádio de futebol, tudo isso é meio de comunicação. No filme What is media education podemos ter uma visão mais ampla desse tema. Ali se diz, entre outras coisas interessantes, que a educação para a mídia não significa apenas ensinar a ter uma visão crítica, mas permitir que a pessoa saiba lidar com a mídia.
E já que estou me dirigindo a um público eminentemente católico, quero concluir com um pensamento: o Espírito Santo é o melhor educador para a mídia. É ele que nos dá o dom de discernirmos o bem e o mal, o útil e o inútil, o necessário e o desnecessário, o principal e o acessório. Com ele, podemos examinar tudo e ficar com o que é bom.
Danilo,
ResponderExcluirExcelente artigo, especialmente pela riqueza de detalhes referências, tornando-o uma rica fonte de informação.
Eu sou um crítico da propaganda tal como ela é vinculada. O mais notório exemplo a ser criticado são as tradicionais propagandas de margarina, onde, o que se vende, na verdade, é uma família feliz.
Silvio