Tony Melendez é um exemplo de esperança e de serviço a Deus. Vai aí um vídeo em que ele dá seu belíssimo testemunho de vida. Agradeço a Michelle, minha amiga de Magé (RJ) pela indicação do vídeo.
Não diga que você não pode... ter esse filho que está em seu ventre.
Não diga que você não pode... salvar seu casamento.
Não diga que você não pode... ser fiel.
Não diga que você não pode... se reconciliar com aquela pessoa.
Não diga que você não pode... lidar com sua doença.
Às vezes, parece que nossa situação não tem saída, e por isso perdemos a esperança. Tony Melendez descobriu que Deus, que tudo vê e tudo sabe, tem caminhos que estão acima da nossa capacidade de compreender. Você também pode entender os caminhos de Deus para você, com humildade e oração.
Relacionamento familiar, educação, saúde, comportamento, e tudo aquilo que permite que nossas famílias sejam lugar de encontro com os irmãos e com Deus.
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28 janeiro 2007
25 janeiro 2007
Isso me faz pensar...
Na seção Notícias interessantes, nosso blog procura trazer os assuntos tratados pela mídia hoje. As matérias são especialmente selecionadas para você. Há alguns temas importantes, e que não posso deixar de comentar.
Sempre que for possível, você verá aqui algumas reflexões sobre os temas que estão aparecendo nas notícias. E pode fazer seus comentários para nos enriquecermos.
Todas as matérias se chamarão: "Isso me faz pensar..."
Liberdade de consciência
É só isso que a Igreja, na Inglaterra, está pedindo (com o apoio dos anglicanos). Naquele país, entrará em vigor uma lei que confere aos casais homossexuais a possibilidade de adotarem. A Igreja Católica possui muitas agências de adoção na Grã-Bretanha, e por isso pede ao governo que tal lei não seja aplicada nesses casos. Pois impor essa lei a tais agências significa violentar a consciência dos católicos. E não só daqueles que trabalham nelas, mas também dos católicos benfeitores que ajudam a mantê-las com suas doações. Se é para transformar tudo em direito (até ter filho!), lembremos que todos devem ter o seu direito respeitado, e isso inclui os católicos.
Maternidade
Bela a matéria "Maternidade: grandeza e responsabilidade da mulher". Muitas vezes, fala-se na maternidade como se fosse um papel ou uma função a desempenhar. "O papel da mulher como mãe"; "a função da mulher como mãe", são expressões comuns. Uma pessoa menos avisada poderia achar que nada há demais nessas expressões. Mas trazem de contrabando uma determinada ideologia, não tão inocente assim. Pois quando se fala em "papel de mãe", a impressão que se transmite é que a maternidade seria algo extrínseco à mulher, algo que vem de fora e, até, algo imposto desde fora. Também quando se fala em "função de mãe", coloca-se em relevo apenas o caráter instrumental da maternidade, que seria, portanto, também extrínseco à mulher. É preferível usarmos algo bem mais adequado. Que tal a vocação da mulher como mãe?
Contra a anorexia
É de se louvar a atitude de algumas pessoas ligadas ao mundo da moda, em se tentar coibir a magreza mórbida. Aqui no Brasil, um importante desfile de moda vai exigir certificado médico das modelos para que seja permitido que desfilem. Mas - com o perdão do trocadilho - o tema ainda vai dar muito pano pra manga. Há muitos interesses em jogo, como os das agências, que já assinaram seus contratos com as atuais modelos. De qualquer maneira, fica aqui o convite para a criatividade dos estilistas: que tal deixarem de imaginar roupas para vestir portas e tábuas, e começar a fazer roupa para mulheres normais? (Nota: se você não viu essa matéria, tem que nos visitar mais vezes... clique em read more, no final da caixa das Notícias interessantes e verá as notícias anteriores).
Ainda sobre a magreza mórbida
Como e por que se escolheu o tipo da adolescente magrela como modelo de beleza no ocidente? Ao passar dos 25 anos, a maior parte das mulheres já tem que fazer grandes esforços para se enquadrar nesse perfil. A imagem de beleza - que não deixa de ser um modelo de "perfeição" - é o da mulher que não é mãe, não é esposa, não tem compromissos típicos dos adultos. (Note que estou falando da imagem que se transmite, e não das moças em si, pois essas têm agenda cheia!) Não é à toa que, submetidas a tais algemas, muitas mulheres pensem que "a maternidade estraga o corpo da mulher". E, enquanto aqui escrevo, continuam a subir as ações da indústria de cosméticos...
Padroeiro dos traficantes
Era só o que faltava. No México, elegeram um tal de Jesus Malverde como santo dos narcotraficantes. O sujeito não é reconhecido pela Igreja Católica, mas isso pouco importa: até uma pequena capela foi erigida em sua honra, num pequeno bairro. Parece-me que se trata de uma expressão do relativismo religioso, que infelizmente se infiltrou em alguns cristãos. Para esse relativismo, cada um tem a sua fé, e dá nisso. Pouco importa o que a Igreja ensina: um católico "emancipado", "moderno", "livre" ouve, pondera e decide se concorda ou não com a Igreja. E dorme tranquilo pensando que é um bom fiel. Parece que a fé passa a ser fundamentada no "acordo" e não na "acolhida da Palavra". Bem "democrático", não?
Suicídio entre jovens nos EUA
Isso costuma espantar os brasileiros, já que aqui a impressão que temos é que suicídio e juventude são coisas muito distantes. Um aluno meu acha que comete-se muito suicídio em países ricos porque a abundância leva ao fastio e ao tédio. Essa sua opinião tem algo de verdadeiro, porque os pais sabem que não é saudável deixar os filhos na superabundância de brinquedos, por exemplo. Só não sei se isso tem a ver com suicídio (o tema certamente é mais complexo), mas vale a pena lembrar que a modéstia é uma virtude que deve ser ensinada às crianças. Mas o mais importante é alargar os horizontes, para descobrir a grande aventura de nosso chamado à santidade em Cristo. Depois de descobrirmos isso, tudo muda, e nada parece fastidioso.
Não perca as notícias que selecionamos. Estar bem informados nos ajuda a sermos sal da terra e luz do mundo.
Sempre que for possível, você verá aqui algumas reflexões sobre os temas que estão aparecendo nas notícias. E pode fazer seus comentários para nos enriquecermos.
Todas as matérias se chamarão: "Isso me faz pensar..."
Liberdade de consciência
É só isso que a Igreja, na Inglaterra, está pedindo (com o apoio dos anglicanos). Naquele país, entrará em vigor uma lei que confere aos casais homossexuais a possibilidade de adotarem. A Igreja Católica possui muitas agências de adoção na Grã-Bretanha, e por isso pede ao governo que tal lei não seja aplicada nesses casos. Pois impor essa lei a tais agências significa violentar a consciência dos católicos. E não só daqueles que trabalham nelas, mas também dos católicos benfeitores que ajudam a mantê-las com suas doações. Se é para transformar tudo em direito (até ter filho!), lembremos que todos devem ter o seu direito respeitado, e isso inclui os católicos.
Maternidade
Bela a matéria "Maternidade: grandeza e responsabilidade da mulher". Muitas vezes, fala-se na maternidade como se fosse um papel ou uma função a desempenhar. "O papel da mulher como mãe"; "a função da mulher como mãe", são expressões comuns. Uma pessoa menos avisada poderia achar que nada há demais nessas expressões. Mas trazem de contrabando uma determinada ideologia, não tão inocente assim. Pois quando se fala em "papel de mãe", a impressão que se transmite é que a maternidade seria algo extrínseco à mulher, algo que vem de fora e, até, algo imposto desde fora. Também quando se fala em "função de mãe", coloca-se em relevo apenas o caráter instrumental da maternidade, que seria, portanto, também extrínseco à mulher. É preferível usarmos algo bem mais adequado. Que tal a vocação da mulher como mãe?
Contra a anorexia
É de se louvar a atitude de algumas pessoas ligadas ao mundo da moda, em se tentar coibir a magreza mórbida. Aqui no Brasil, um importante desfile de moda vai exigir certificado médico das modelos para que seja permitido que desfilem. Mas - com o perdão do trocadilho - o tema ainda vai dar muito pano pra manga. Há muitos interesses em jogo, como os das agências, que já assinaram seus contratos com as atuais modelos. De qualquer maneira, fica aqui o convite para a criatividade dos estilistas: que tal deixarem de imaginar roupas para vestir portas e tábuas, e começar a fazer roupa para mulheres normais? (Nota: se você não viu essa matéria, tem que nos visitar mais vezes... clique em read more, no final da caixa das Notícias interessantes e verá as notícias anteriores).
Ainda sobre a magreza mórbida
Como e por que se escolheu o tipo da adolescente magrela como modelo de beleza no ocidente? Ao passar dos 25 anos, a maior parte das mulheres já tem que fazer grandes esforços para se enquadrar nesse perfil. A imagem de beleza - que não deixa de ser um modelo de "perfeição" - é o da mulher que não é mãe, não é esposa, não tem compromissos típicos dos adultos. (Note que estou falando da imagem que se transmite, e não das moças em si, pois essas têm agenda cheia!) Não é à toa que, submetidas a tais algemas, muitas mulheres pensem que "a maternidade estraga o corpo da mulher". E, enquanto aqui escrevo, continuam a subir as ações da indústria de cosméticos...
Padroeiro dos traficantes
Era só o que faltava. No México, elegeram um tal de Jesus Malverde como santo dos narcotraficantes. O sujeito não é reconhecido pela Igreja Católica, mas isso pouco importa: até uma pequena capela foi erigida em sua honra, num pequeno bairro. Parece-me que se trata de uma expressão do relativismo religioso, que infelizmente se infiltrou em alguns cristãos. Para esse relativismo, cada um tem a sua fé, e dá nisso. Pouco importa o que a Igreja ensina: um católico "emancipado", "moderno", "livre" ouve, pondera e decide se concorda ou não com a Igreja. E dorme tranquilo pensando que é um bom fiel. Parece que a fé passa a ser fundamentada no "acordo" e não na "acolhida da Palavra". Bem "democrático", não?
Suicídio entre jovens nos EUA
Isso costuma espantar os brasileiros, já que aqui a impressão que temos é que suicídio e juventude são coisas muito distantes. Um aluno meu acha que comete-se muito suicídio em países ricos porque a abundância leva ao fastio e ao tédio. Essa sua opinião tem algo de verdadeiro, porque os pais sabem que não é saudável deixar os filhos na superabundância de brinquedos, por exemplo. Só não sei se isso tem a ver com suicídio (o tema certamente é mais complexo), mas vale a pena lembrar que a modéstia é uma virtude que deve ser ensinada às crianças. Mas o mais importante é alargar os horizontes, para descobrir a grande aventura de nosso chamado à santidade em Cristo. Depois de descobrirmos isso, tudo muda, e nada parece fastidioso.
Não perca as notícias que selecionamos. Estar bem informados nos ajuda a sermos sal da terra e luz do mundo.
Revista para jovens católicos
Essa é uma boa iniciativa. Trata-se de uma revista feita por jovens e dedicada especificamente para os jovens católicos, abordando temas de alto interesse, tais como escolha da profissão, vocação, família, drogas, magistério da Igreja.
Recebi cordialmente o primeiro número da Revista Católica Jovem para fazer uma análise, e confesso que fiquei animado com a iniciativa. O tipo de papel, a arte final, a apresentação são de muito boa qualidade. Os temas escolhidos são instigante e de grande relevância. E para que essa iniciativa apostólica alcance o máximo de resultado, penso que deve ser dada uma atenção especial à ortografia e ao estilo da redação das matérias, merecendo um trabalho de revisão mais acurado.
É uma iniciativa que merece nosso incentivo e nossas orações.
Recebi cordialmente o primeiro número da Revista Católica Jovem para fazer uma análise, e confesso que fiquei animado com a iniciativa. O tipo de papel, a arte final, a apresentação são de muito boa qualidade. Os temas escolhidos são instigante e de grande relevância. E para que essa iniciativa apostólica alcance o máximo de resultado, penso que deve ser dada uma atenção especial à ortografia e ao estilo da redação das matérias, merecendo um trabalho de revisão mais acurado.
É uma iniciativa que merece nosso incentivo e nossas orações.
22 janeiro 2007
Camisinha nas escolas
Do que ri a moça ao lado? A foto está publicada no site da BBC, em cuja legenda se pode ler: "Crianças em Phnom Penh são ensinadas como colocar a camisinha em um modelo de pênis".
Talvez algumas pessoas aqui no Brasil também achem graça disso. Você viu a matéria "Ministério seleciona projetos de máquinas para distribuir camisinhas nas escolas"? Se não viu, ainda há tempo de ver em nossa seção Notícias interessantes (se a essa altura, a matéria já saiu da lista, clique em read more no final da caixa).
Felizmente, nem todos pensam como nossos iluminados e modernos governantes. No blog de Reinaldo Azevedo, da revista Veja, há alguns comentários que me parecem muito pertinentes. Vale a pena republicá-los aqui, ainda mais por vir de um veículo de comunicação que, como é sabido, tem muito pouco de católico. Aí vai:
Nota: quanto ao nosso novo serviço de "Notícias interessantes", não deixe de nos visitar diariamente. Novas notícias são inseridas mais de uma vez ao dia!
Talvez algumas pessoas aqui no Brasil também achem graça disso. Você viu a matéria "Ministério seleciona projetos de máquinas para distribuir camisinhas nas escolas"? Se não viu, ainda há tempo de ver em nossa seção Notícias interessantes (se a essa altura, a matéria já saiu da lista, clique em read more no final da caixa).
Felizmente, nem todos pensam como nossos iluminados e modernos governantes. No blog de Reinaldo Azevedo, da revista Veja, há alguns comentários que me parecem muito pertinentes. Vale a pena republicá-los aqui, ainda mais por vir de um veículo de comunicação que, como é sabido, tem muito pouco de católico. Aí vai:
Seríamos muito bobos se ficássemos aqui só criticando, lamentando. Estaríamos fazendo o jogo daqueles que pensam que os católicos devem se confinar nos templos, mas não têm voz na vida pública. Convido os amigos a refletirem na criação de associações de famílias, que possam representar com legitimidade as famílias em suas cidades e estados, para que esse tipo de política pública não ganhe espaço. D. João Carlos Petrini, atualmente Bispo Auxiliar de Salvador (BA), tem pensado há anos nesse assunto. Ele também é diretor do Instituto João Paulo II para Estudos do Matrimônio e da Família. Vale a pena desenvolver essa idéia em nossas dioceses!
Sexobras 1
Pedem-me que comente o projeto do governo federal de instalar máquinas com camisinhas nas escolas. Querem que eu diga o quê? Tenho 45 anos. Já (ou ainda) sou de um tempo em que se acreditava que a escola tivesse um valor, vá lá, iluminista. Supunha-se que havia algo a aprender e a ensinar lá. Hoje em dia? Basta o proselitismo. Se tudo der certo e se resolverem problemas técnicos, não tarda, e se botará um laptop na mão de cada analfabeto funcional do país. É o Brasil de Lula.
Sexobras 2
A camisinha nas escolas pode coibir a expansão da AIDS? Claro que não! Vai ampliar. É óbvio que se trata de um convite. Numa idade pautada pela emulação, pela competição, somada à cultura machista, o que se faz é incentivar o sexo precoce e irresponsável. Com ou sem camisinha. Será uma janela a mais para a síndrome, para outras doenças sexualmente transmissíveis e para a gravidez precoce. Há mais: o Estado passa a invadir, obviamente, o espaço da moralidade privada, assumindo a orientação que diz respeito à educação familiar.
Sexobras 3
Por falar no assunto, vem aí o Carnaval. Daqui a pouco, começam as propagandas na TV, se é que já não começaram, incentivando o “sexo responsável”. Entende-se por responsável manter relações sexuais com pessoas estranhas desde que haja a proteção da camisinha. Temos um governo que substituiu a escolha moral — porque sempre será isso — por um pedaço de látex. E ainda acham um absurdo a Igreja Católica não aplaudir a iniciativa... Estatizaram o baixo ventre do brasileiro. O país precisa de um Pai Patrão que decida até o que o cidadão faz com a sua genitália. Sempre achei que o povo não sabe direito onde tem o nariz. A coisa, vê-se, é mais séria.
Nota: quanto ao nosso novo serviço de "Notícias interessantes", não deixe de nos visitar diariamente. Novas notícias são inseridas mais de uma vez ao dia!
20 janeiro 2007
Sirva-se à vontade!
O blog vai fazer 4 meses, com uma média de 1.200 visitantes por mês. Gostaria de agradecer mais uma vez pela receptividade, pois nenhum dos que idealizaram esse blog poderia imaginar tamanha acolhida em tão pouco tempo.
Agora, é hora de aprimorar nosso blog. Por isso, pensei em trazer algumas novidades para você, com ênfase na interatividade. Sirva-se à vontade com esses novos serviços!
Agora, é hora de aprimorar nosso blog. Por isso, pensei em trazer algumas novidades para você, com ênfase na interatividade. Sirva-se à vontade com esses novos serviços!
1. Notícias interessantes
Aqui você encontrará diariamente uma seleção de notícias importantes para você e sua família. Esse espaço agrega notícias de vários sites. Assim, você não precisa sair em busca das notícias em sites variados da internet: venha até nosso blog e, em um só lance, você terá as mais importantes notícias publicadas em vários sites. Selecionamos as notícias, principalmente, pelo critério da relevância da matéria para a vida conjugal e familiar, relações entre pais e filhos, educação, crítica de mídia, ou seja, de acordo com os objetivos principais de nosso blog. Mas também outras matérias de interesse geral estarão por aqui. Está interessado em notícias sobre vida familiar? Aqui será o melhor lugar para procurar!!
2. Novidades em outros blogs
Em uma rápida olhada, você poderá ver as novas matérias postadas em vários blogs interessantes. Por enquanto, estamos inserindo as novidades dos blogs constantes do Guia de Blogs Católicos. Se você possui um blog católico, inscreva-se lá e suas novidades serão inseridas automaticamente aqui. Se seu blog não é propriamente católico mas com conteúdo interessante para o nosso tema, mande um e-mail para a gente!
3. Pesquisa de opinião
Estaremos lançando algumas pesquisas para saber sua opinião. Isso é essencial para melhorarmos nosso site, por isso participe!
4. Recomenda!
Há um ícone do "Recomenda!" no final de nossa sidebar. Se você gostou do nosso site, recomende aos seus amigos. Caso contrário, também poderá indicá-lo a quem você não gosta!
17 janeiro 2007
Vaso sanitário: como ensinar a criança a usar o troninho?
Por volta dos dois anos e meio, a criança começa a fazer uso, regularmente, do penico. Mas, qual é o melhor momento de apresentá-la ao vaso sanitário? Os especialistas recomendam que, semanas após o início do uso do penico, os pais comecem a estimular a criança a explorar o vaso.
Pela altura, procure improvisar um degrau e fique sempre por perto para que a criança não tenha medo de cair. O importante é que os pais transformem esta atividade num momento de descoberta para a criança. Existem algums adaptadores no mercado, para se acoplar ao vaso sanitário.
No caso de meninos, o pai deve ensinar como levantar a tampa e "mirar o alvo". Quando for defecar, ensine-o a abaixar as calças, subir no vaso e limpar-se. Fique sempre por perto e explique pausadamente, com tranqüilidade. É importante lembrar que a criança só aprenderá a se limpar sozinha por volta dos quatro anos de idade. Ah, tem mais: se a criança quiser dar descarga não hesite. Será parte do aprendizado. Não esqueça de ensiná-la a lavar as mãos.
No site da Pampers, encontrei as seguintes dicas úteis:
1. Compre um peniquinho. Muitas crianças sentem-se mais seguras sentadas próximas do chão, pois assim não têm medo de cair do vaso ou dentro dele. Se o seu filho ficar com medo do peniquinho, não o force. Guarde-o por um ou dois meses e dê um tempo para a criança acostumar-se com a idéia de usá-lo. Deixe-a à vontade.
2. Deixe a criança se acostumar com o peniquinho. Permita que ela observe, toque e sinta-se à vontade com o peniquinho antes de usá-lo. Além disso, deixe que a criança sinta que o peniquinho é dela.
3. Coloque-o em um lugar conveniente para a criança. O peniquinho não precisa ficar restrito ao banheiro. Leve-o para a sala de brinquedos, para o jardim ou onde quer que a criança estiver brincando. Permita que ela tenha acesso a ele quando quiser.
4. Para começar, deixe a criança sentar no peniquinho uma vez por dia, sem tirar a roupa, criando assim uma rotina. Deixe-a livre para sair quando quiser, sem forçá-la a ficar.
5. Quando a criança já estiver acostumada a sentar no peniquinho vestida, deixe que ela o faça sem roupa. Esta é a etapa que ajudará a criança a se acostumar à idéia de tirar a roupa antes de usar o banheiro.
6. Quando a criança evacuar na fralda, despeje as fezes no peniquinho enquanto ela observa, pois assim ela verá que é ali o seu lugar. Explique que o peniquinho é o lugar para onde devem ir as fezes e a urina. A criança deve entender a importância de colocar as coisas no lugar certo.
7. Seja paciente e positivo. Com o tempo, a criança acabará aprendendo a usar o banheiro.
Outras dicas úteis:
Fonte: Revista Pais e Filhos e Pampers
Pela altura, procure improvisar um degrau e fique sempre por perto para que a criança não tenha medo de cair. O importante é que os pais transformem esta atividade num momento de descoberta para a criança. Existem algums adaptadores no mercado, para se acoplar ao vaso sanitário.
No caso de meninos, o pai deve ensinar como levantar a tampa e "mirar o alvo". Quando for defecar, ensine-o a abaixar as calças, subir no vaso e limpar-se. Fique sempre por perto e explique pausadamente, com tranqüilidade. É importante lembrar que a criança só aprenderá a se limpar sozinha por volta dos quatro anos de idade. Ah, tem mais: se a criança quiser dar descarga não hesite. Será parte do aprendizado. Não esqueça de ensiná-la a lavar as mãos.
No site da Pampers, encontrei as seguintes dicas úteis:
1. Compre um peniquinho. Muitas crianças sentem-se mais seguras sentadas próximas do chão, pois assim não têm medo de cair do vaso ou dentro dele. Se o seu filho ficar com medo do peniquinho, não o force. Guarde-o por um ou dois meses e dê um tempo para a criança acostumar-se com a idéia de usá-lo. Deixe-a à vontade.
2. Deixe a criança se acostumar com o peniquinho. Permita que ela observe, toque e sinta-se à vontade com o peniquinho antes de usá-lo. Além disso, deixe que a criança sinta que o peniquinho é dela.
3. Coloque-o em um lugar conveniente para a criança. O peniquinho não precisa ficar restrito ao banheiro. Leve-o para a sala de brinquedos, para o jardim ou onde quer que a criança estiver brincando. Permita que ela tenha acesso a ele quando quiser.
4. Para começar, deixe a criança sentar no peniquinho uma vez por dia, sem tirar a roupa, criando assim uma rotina. Deixe-a livre para sair quando quiser, sem forçá-la a ficar.
5. Quando a criança já estiver acostumada a sentar no peniquinho vestida, deixe que ela o faça sem roupa. Esta é a etapa que ajudará a criança a se acostumar à idéia de tirar a roupa antes de usar o banheiro.
6. Quando a criança evacuar na fralda, despeje as fezes no peniquinho enquanto ela observa, pois assim ela verá que é ali o seu lugar. Explique que o peniquinho é o lugar para onde devem ir as fezes e a urina. A criança deve entender a importância de colocar as coisas no lugar certo.
7. Seja paciente e positivo. Com o tempo, a criança acabará aprendendo a usar o banheiro.
Outras dicas úteis:
- Vista sua criança com roupas fáceis de tirar e colocar. Ajude-a a aprender a despir-se e a vestir-se, pois isso faz parte do aprendizado. Assim que seu filho estiver acostumado a sentar no peniquinho vestido, experimente despi-lo.
- Estimule a imitação. Com a criança ao seu lado, sente-se no vaso e deixe que ela se sente no peniquinho.
- Seu filho deve aprender a usar o banheiro sentado. Inicialmente, tanto meninos quanto meninas devem sentar no vaso. Se começarem a aprender a urinar de pé, talvez os meninos não queiram se sentar para evacuar.
- Observe a criança. Caretas, resmungos e a famosa "dancinha" podem ser sinais de urgência em usar o banheiro. Quando observar esses movimentos, pergunte se ela está com vontade de ir ao banheiro.
- Pergunte, também, se ela quer que você desabotoe suas calças. Ofereça-se para lembrá-la sempre que precisa ir ao banheiro. Só o faça se ela consentir.
- Elogie a criança. Não deixe de elogiá-la quando ela lhe disser que está com vontade de ir ao banheiro, mesmo que a iniciativa tenha sido sua.
- Deixe ela dar descarga, mas só se ela quiser. Há crianças que ou não gostam do som da descarga ou têm medo; fique atenta. Além disso, tente consolá-la se ela ficar triste ao ver as fezes desaparecerem no vaso.
- Cuide da pele do seu filho. A probabilidade de desenvolvimento de assaduras devido à umidade ou ao contato com as fezes é a mesma de quando ele era bebê. Sua pele deve estar sempre limpa e seca; por isso, troque-o com freqüência. Deixar a criança molhada para ela aprender a usar o banheiro não é um método adequado.
- Quando o seu filho estiver usando o peniquinho várias vezes por dia, talvez tenha chegado a hora de começar a usar calcinha ou cueca. Comece colocando-os apenas durante uma parte do dia. E, como a fralda pode dar muita segurança à criança, não apresse o processo. Você pode usar calcinhas e cuecas descartáveis como parte do processo de transição, mas não se recomenda seu uso no início do treinamento. Mais tarde, quando a criança demonstrar que está pronta para seguir em frente, elas podem ser mais úteis.
- Converse com as pessoas que ajudam a tomar conta do seu filho. Não deixe de comunicar seus planos de tirar a fralda da criança às pessoas com quem ela fica em sua ausência -creche, avós, babá. É importante que elas saibam que você quer tirar a fralda do seu filho. Assim, durante o dia, a criança pode receber as mesmas mensagens que recebe de você à noite ou durante o fim de semana.
- Acidentes são normais. Às vezes, a criança não consegue segurar a urina e as fezes. Não se preocupe porque isso é natural e faz parte do processo de aprendizado. Se a criança se habituar a segurar a vontade de ir ao banheiro, acabará tendo prisão de ventre, o que pode tornar doloroso o processo de ir ao banheiro. Se seu filho tiver prisão de ventre, converse com o pediatra. Quando as fezes estiverem mais moles, converse com seu filho e diga-lhe que ir ao banheiro não dói. Além disso, lembre-se de oferecer alimentos ricos em fibras. Você também deve se habituar a comê-los porque as crianças aprendem com o exemplo dos pais. Dê muita água. É importantíssima para facilitar o amolecimento das fezes.
Fonte: Revista Pais e Filhos e Pampers
14 janeiro 2007
Ver o cônjuge com o olhar de Deus
Tenha um novo olhar em 2007! Texto retirado do livro "Uma só carne: a aventura mística do casal", de Michel Laroche. O livro é fruto da experiência mística de um membro da Igreja Ortodoxa, abordando temas valiosos para os casais católicos, tais como: comunhão e harmonia conjugal, perdão, reconciliação. Utilizamos a edição de 1987.
O olhar do outro
Um belo pedido que os esposos devem fazer, para verem-se mutuamente no próprio olhar de Deus: "Senhor, mostra-me o esposo que tu me deste, como tu mesmo o vês!" Pedido essencial pois que ultrapassa toda humana sabedoria, com seus raciocínios manchados, desde a primeira queda, pelo "príncipe deste mundo".
O olhar de Deus ultrapassa o pecado e as trevas para descobrir toda a potencialidade espiritual do outro.
Ninguém é sem defeito mas a vida espiritual não nos quer estacionados em posições definitivas de julgamento: "Ele é assim. Ela tem tal caráter. Ele não muda nunca etc.".
Se Deus assim olhasse o homem, ele não teria a mínima possibilidade de mudança de direção, de arrependimento.
Muitas vezes uma pessoa olha a outra com olhar cheio de trevas, desprovido daquela luz incriada da graça divina. Olhar sem amor verdadeiro. Retrata o outro sempre com aquele chavão meio chantagista: "Está vendo como você é?" Tal procedimento não só dificulta qualquer mudança de vida como leva a pessoa a uma queda maior.
Quem julga no coração é um assassino espiritual, pois que disse Cristo: "Não julgueis para não serdes julgados, pois com o mesmo julgamento com que julgardes, sereis julgados" (Mt 7, 1-2).
Como é útil este mandamento para a vida espiritual, especialmente do casal! Onde há julgamento não pode haver vida espiritual autêntica. Quem julga separa-se daquele que morreu na cruz, dizendo: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34).
O juízo temerário, sem dúvida, é o pecado mais difundido no mundo, o mais desconhecido, o mais devastador. Poucos dão-se conta dos seus atos de julgar, a tal ponto esta obsessão tornou-se neles uma segunda natureza.
Julgamento é paixão que mina casais em perigo. Se tal paixão revelar-se num casal e não for afastada e combatida por corações que se humilham e pedem pacificação a Deus, o casamento estará em grande perigo. Mas isto não acontece sem grande provação.
Lutar contra todo julgamento é combate de todo casal. O inimigo da Igreja e da humanidade usa desta arma para destruir a vida espiritual nas almas e dividir o que está unido, destruindo o casamento. Deus permite tais combates para a pessoa purificar-se, pela vitória da graça, dos elementos da natureza decaída e da visão de um mundo material cheio de seduções.
Julgamentos há muito sutis. Começam por não condenar diretamente mas constatando diferenças, idiossincrasias e originalidades que diferenciam do resto das pessoas. Não se colocar na linha do conformismo que faz parte da ilusão do mundo e do seu príncipe Satã, é já expor-se ao juízo daqueles cujo olhar mudano não é espiritual, pois que não purificado por Deus.
Pode-se também olhar o próximo mostrando-se chocado com as diferenças, o que não deixa de ser um julgamento. O racismo, por exemplo, é um julgamento que leva em si uma sentença de morte.
É também condenar o outro marcá-lo com um carimbo negativo, concluindo que definitivamente ele não pode mudar. Recusa-se assim ao outro a possibilidade de transformar-se, de viver, de evoluir. Eis aí um julgamento definitivo.
O olhar do outro é fundamental para os casados, porque o olhar justo é a imagem do olhar de Deus.
É no olhar de Deus que Pedro, tendo negado a Cristo, vê não só o perdão mas também o seu resgate, a sua transformação e o seu dever espiritual. É no olhar de Deus que a pecadora descobre não só o perdão mas também a possibilidade de uma vida nova: "Vá e doravante não tornes a pecar!" (Jo 8, 11). Que confiança e que fé nesta palavra! Se Deus não tivesse tido fé no homem que pecou e d'Ele se afastou, o homem não poderia ter fé, nem em Deus, nem nele próprio. Ele simplesmente não poderia reconciliar-se.
Como o olhar do outro é importante! Se ele é indulgente, amoroso, cheio de esperança, que possibilidades não dá de o outro realmente mudar, evoluir, transformar-se. A graça passa sempre através do olhar de cada um dos cônjuges. Eis um dos principais pontos de apoio da vida espiritual do matrimônio.
Cada um vê como ele se vê a si próprio. Se a pessoa descobre sua alma no olhar de Deus -que mostra as faltas ao mesmo tempo que perdoa- é nessa experiência de ser perdoado, isto é, amado, que a pessoa haurirá a graça do perdão, segundo as palavras sagradas do Pai-nosso: "Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam" (Mt 6, 12).
Se, porém, o homem culpa-se a si próprio, não se perdoa por orgulho, isto quer dizer que se julga e se condena, estimando que só sua opinião sobre si próprio é importante. Recusa então o olhar de Deus. Será ele infalivelmente impiedoso para com o próximo e o cônjuge. O olhar de Deus é TUDO na vida espiritual e particularmente na experiência mística do matrimônio.
Se falta este olhar, então o coração é ocupado pela visão do mundo, com sua sabedoria, suas leis, seus desastres e guerras. A secura espiritual reinará no coração deste homem. Homem e mulher continuarão o pecado de Adão e Eva que, seduzidos pela serpente, preferiram conhecer, isto é: ver o outro, o mundo e a eles próprios com o próprio olhar, sem o olhar de Deus. Descobrem então o bem e o mal.
Esforço ascético importante, que todos devem fazer, além de pedir na oração humilde é converter-se, voltar no olhar de Deus, na sua luz que tudo ilumina, distingue e transfigura.
Uma das grandes tentações do falso amor é aquela da monotonia e da uniformidade. A obrigação de serem ambos iguais. Isso é contra a Trindade. Deus é uno na essência mas distinto nas três pessoas. Cada pessoa é diferente das outras duas, embora haja igualdade na essência e na unidade.
O mau julgamento está não só em constatar diferenças mas em pôr obstáculos à vida pessoal: "Se você não for como eu, não poderemos viver juntos! Torne-se igual a mim!" Isso é a negação da encarnação. Se Deus continuasse Deus, o homem não poderia jamais ser deificado. Deus tornou-se homem, permanecendo Deus, para que o homem se tornasse Deus, permanecendo homem. Deus tornou-se "nós", para que nós nos tornássemos "Ele"!
O amor real é a revelação de pessoas e de naturezas. Deus não uniformiza nem faz desaparecer a humanidade em proveito da divindade. Deus não destrói a hipóstase-pessoa mas, ao contrário, revela a identidade profunda e real do outro. No verdadeiro amor, cada um se esforça por tornar-se o outro, isto é, por estar aberto à vida e olhar do outro.
Quanto mais o homem converge para Deus e recebe a natureza divina, pelas energias incriadas e pela adoção, tanto mais sua verdadeira hipóstase lhe é revelada. Mais e mais a pessoa descobre sua unidade com o cônjuge no casamento e renuncia a si mesmo, a seus antigos preconceitos, por amor ao outro. Mais renasce para sua verdadeira pessoa espiritual, para o homem interior.
Aquele que perdoa ao irmão, é como se pedisse a Deus perdoasse as próprias faltas, na certeza absoluta que será perdoado. Aquele que não perdoa ao irmão mas pede a Deus perdão, não será escutado porque Deus o considerará um mentiroso. Com efeito, diz o Senhor, "se perdoardes aos homens suas ofensas, ambém o vosso Pai celeste vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as ofensas, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas" (Mt 6, 14-15).
Se cada um de nós, no momento em que é tentado a julgar seu irmão, entendesse como dita a ele esta frase: "Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lançar-lhe uma pedra" (Jo 8, 7), certamente pararia no seu julgamento.
Mas o Senhor exige que nosso perdão não se limite àqueles que reconhecem seus erros, diante de nós. O perdão, por mais sincero que seja, é limitado. Perdoar àquele que lastima o erro, pode parecer difícil a certas pessoas, no caso de falta cometida contra elas. Os que assim pensam, fazem do perdão um negócio pessoal, o que é falso. O perdão não é um interesse pessoal: É o grande interesse de Deus.
Perdoar ao outro não se dá sem a cruz daquele que foi crucificado para perdoar e salvar o mundo.
O perdão não fica na dimensão humana. É da graça incriada que vêm, para o homem, a misericórdia e o perdão. O perdão é adquirido, para a humanidade, pelo sacrifício voluntário do Senhor, Filho de Deus, Verbo-Carne, sobre a cruz. Perdoando ao homem, Deus saldou-lhe a dívida, aquela dívida insolúvel da parábola (Mt 18, 23-25). Então, o homem, pela força mesma do perdão, pode perdoar todas as dívidas do seu próximo. Aquele que perdoa a seu irmão, é pela graça mesma que ele recebeu pelo perdão de seus pecados, que ele perdoará, por sua vez, ao seu irmão. O perdão não é uma propriedade pessoal: O homem é o administrador do perdão divino e deve, sem cessar, aí haurir para verter sobre o outro.
Assim, é o perdão que precede o arrependimento e não o contrário. Pois que esperança haveria para o homem se o perdão não existisse antes do arrependimento? A contrição enxerta a alma no perdão divino.
Perdoar é um ato divino. Perdoar é a lei absoluta que Cristo deu à sua Igreja. Sem esta lei nenhuma relação pode subsistir nem desabrochar na Igreja, nem na pequena igreja que é o lar.
O homem deve perdoar a seu próximo, antes mesmo que este tome consciência do seu erro, porque o verdadeiro perdão engendra a esperança da conversão do outro.
A parábola do filho pródigo (Lc 15, 11ss.) mostra um pai que deixa o filho afastar-se dele sem julgá-lo. Espera o filho desde o primeiro instante que sabe que ele vai embora. Já espera com todo amor seu retorno. Já lhe perdoou. E é esta graça amorosa do perdão que faz nascer na alma do filho a esperança da volta e o arrependimento. É de longe que, vendo-o voltar, o pai precipita-se para tomar o filho nos braços.
O olhar do pai não julgou nunca, não condenou, nem abandonou o filho que, no entanto, tivera um comportamento totalmente negativo. O olhar do pai não prende o filho no erro, que ele considera com amor. Seu olhar já leva em si o incitamento à volta, à metanóia [mudança de critérios, conversão]. É este olhar de Deus, na sua paternidade toda divina, que Cristo nos pede ter para com nosso próximo.
Que absurdo se esta lei não fosse praticada pelo casal cristão! O casamento ensina a perdoar e ser perdoado. Se ambos viverem sob este olhar, que progresso espiritual não terão. Nada lhes será impossível pois amar o outro é o mandamento que, com o amor de Deus, contém todos os outros.
O matrimônio ensina a olhar o próximo como olha-o Deus. Desposar o olhar de Deus deve ser o desejo espiritual de todos os fiéis, especialmente daqueles que estão unidos pelo sacramento do matrimônio.
10 janeiro 2007
Educação para os meios de comunicação
Ontem alguém me comentou como as novelas influenciam negativamente no comportamento de certas pessoas. A melhoria do conteúdo daquilo que é veiculado é sempre um objetivo valioso. Mas penso que também deve haver uma correta educação por parte das pessoas, para que possam lidar com os meios de comunicação de massa.
Estive lendo esse pequeno artigo sobre educação para os meios de comunicação. Acho que as pastorais de família e os movimentos deveriam se preocupar com esse tema, inclusive formando pessoas altamente qualificadas no assunto. Não só para que essa educação seja fornecida na escola, mas para que os próprios pais possam se formar adequadamente, a fim de saber dialogar com os filhos e mostrar-lhes, como diz o texto, "que nada é neutro em termos de TV, jornalismo, propaganda, e que por trás de toda a parafernália eletrônica há um poder e uma ideologia trabalhando com níveis muitas vezes subliminares dos telespectadores".
Andei dando uma pesquisada nesse assunto. Encontrei o site Midiativa, e há muita coisa interessante. Lá está o texto O que esperar da TV brasileira, no qual o autor cunhou uma frase lapidar: quanto mais TV nós vemos, mais TV nós ficamos.
Nesse mesmo site, tem a matéria Floribella: a gata borralheira de tênis. É um texto que mostra muito bem como devemos adotar a perspectiva crítica, abordando desde os custos de investimento, a técnica televisiva, o uso de clichês, até indicar como se monta um esquema pré-definido de marketing para venda de produtos vinculados ao enredo.
Claro que a educação para a mídia não se limita à crítica de programação artística. Destina-se a entender os procedimentos utilizados para a divulgação de qualquer informação, e aos conteúdos veiculados. Dessa forma, também inclui a educação para receber informações publicitárias, quando estas, por exemplo, procuram criar necessidades artificiais no consumidor. Difunde-se um consumismo muito grande, ora para adquirir bens que sejam símbolos de sucesso, ora para alcançar o prazer supremo, sempre prometido e nunca alcançado.
Creio que é preciso entender que por trás de qualquer propaganda está o apelo ao desejo de felicidade que não cessa de pulsar na alma, ou, mais propriadamente, a "fome e sede de Deus" que só acalma quando vivemos n'Ele. Na propaganda, não se vende refrigerante, carro, viagens, emagrecedores. No fundo, são valores os que estão sendo "vendidos" (segurança, beleza, saúde, status, prestígio, felicidade), todos vinculados ao produto a ser comercializado. Até mesmo os remédios entram na onda! A princípio, poderíamos pensar que a propaganda de remédio deveria ser direcionada unicamente a médicos, mas basta ligar a TV e vemos centenas delas direcionadas a nós. Existe um interessante documentário no Youtube chamado Big Bucks, Big Pharma abordando os malefícios que esse tipo de propaganda pode acarretar. São apresentados alguns trechos de propaganda americana. Em uma delas, aparece uma mulher tocando um violão e dizendo: "Com Celebrex, eu tocarei a versão mais longa". Um dos entrevistados, afirma algo que me pareceu interessante: a pessoa pode estar se sentindo muito bem, mas quando liga a tv... depois de um bombardeio de propaganda de remédio, fica pensando se realmente não tem alguma coisa. Essa é a força da propaganda. Assistindo aos trechos de propaganda de remédios nos EUA, podemos ver como as agências de publicidade apelam para valores como bem-estar e produtividade a fim de vender seus produtos.
A educação para a mídia tampouco se limita a temas relacionados à TV. Citei a televisão no início porque é o recurso de mídia mais utilizado pelo brasileiro. Mas existem muitos outros meios de comunicação: outdoors, jornais, fotografias, sites, músicas, logomarcas. Até quela propaganda que fica atrás de um gol no estádio de futebol, tudo isso é meio de comunicação. No filme What is media education podemos ter uma visão mais ampla desse tema. Ali se diz, entre outras coisas interessantes, que a educação para a mídia não significa apenas ensinar a ter uma visão crítica, mas permitir que a pessoa saiba lidar com a mídia.
E já que estou me dirigindo a um público eminentemente católico, quero concluir com um pensamento: o Espírito Santo é o melhor educador para a mídia. É ele que nos dá o dom de discernirmos o bem e o mal, o útil e o inútil, o necessário e o desnecessário, o principal e o acessório. Com ele, podemos examinar tudo e ficar com o que é bom.
Estive lendo esse pequeno artigo sobre educação para os meios de comunicação. Acho que as pastorais de família e os movimentos deveriam se preocupar com esse tema, inclusive formando pessoas altamente qualificadas no assunto. Não só para que essa educação seja fornecida na escola, mas para que os próprios pais possam se formar adequadamente, a fim de saber dialogar com os filhos e mostrar-lhes, como diz o texto, "que nada é neutro em termos de TV, jornalismo, propaganda, e que por trás de toda a parafernália eletrônica há um poder e uma ideologia trabalhando com níveis muitas vezes subliminares dos telespectadores".
Andei dando uma pesquisada nesse assunto. Encontrei o site Midiativa, e há muita coisa interessante. Lá está o texto O que esperar da TV brasileira, no qual o autor cunhou uma frase lapidar: quanto mais TV nós vemos, mais TV nós ficamos.
Nesse mesmo site, tem a matéria Floribella: a gata borralheira de tênis. É um texto que mostra muito bem como devemos adotar a perspectiva crítica, abordando desde os custos de investimento, a técnica televisiva, o uso de clichês, até indicar como se monta um esquema pré-definido de marketing para venda de produtos vinculados ao enredo.
Claro que a educação para a mídia não se limita à crítica de programação artística. Destina-se a entender os procedimentos utilizados para a divulgação de qualquer informação, e aos conteúdos veiculados. Dessa forma, também inclui a educação para receber informações publicitárias, quando estas, por exemplo, procuram criar necessidades artificiais no consumidor. Difunde-se um consumismo muito grande, ora para adquirir bens que sejam símbolos de sucesso, ora para alcançar o prazer supremo, sempre prometido e nunca alcançado.
Creio que é preciso entender que por trás de qualquer propaganda está o apelo ao desejo de felicidade que não cessa de pulsar na alma, ou, mais propriadamente, a "fome e sede de Deus" que só acalma quando vivemos n'Ele. Na propaganda, não se vende refrigerante, carro, viagens, emagrecedores. No fundo, são valores os que estão sendo "vendidos" (segurança, beleza, saúde, status, prestígio, felicidade), todos vinculados ao produto a ser comercializado. Até mesmo os remédios entram na onda! A princípio, poderíamos pensar que a propaganda de remédio deveria ser direcionada unicamente a médicos, mas basta ligar a TV e vemos centenas delas direcionadas a nós. Existe um interessante documentário no Youtube chamado Big Bucks, Big Pharma abordando os malefícios que esse tipo de propaganda pode acarretar. São apresentados alguns trechos de propaganda americana. Em uma delas, aparece uma mulher tocando um violão e dizendo: "Com Celebrex, eu tocarei a versão mais longa". Um dos entrevistados, afirma algo que me pareceu interessante: a pessoa pode estar se sentindo muito bem, mas quando liga a tv... depois de um bombardeio de propaganda de remédio, fica pensando se realmente não tem alguma coisa. Essa é a força da propaganda. Assistindo aos trechos de propaganda de remédios nos EUA, podemos ver como as agências de publicidade apelam para valores como bem-estar e produtividade a fim de vender seus produtos.
A educação para a mídia tampouco se limita a temas relacionados à TV. Citei a televisão no início porque é o recurso de mídia mais utilizado pelo brasileiro. Mas existem muitos outros meios de comunicação: outdoors, jornais, fotografias, sites, músicas, logomarcas. Até quela propaganda que fica atrás de um gol no estádio de futebol, tudo isso é meio de comunicação. No filme What is media education podemos ter uma visão mais ampla desse tema. Ali se diz, entre outras coisas interessantes, que a educação para a mídia não significa apenas ensinar a ter uma visão crítica, mas permitir que a pessoa saiba lidar com a mídia.
E já que estou me dirigindo a um público eminentemente católico, quero concluir com um pensamento: o Espírito Santo é o melhor educador para a mídia. É ele que nos dá o dom de discernirmos o bem e o mal, o útil e o inútil, o necessário e o desnecessário, o principal e o acessório. Com ele, podemos examinar tudo e ficar com o que é bom.
07 janeiro 2007
Não tem preço!
Respondendo a um artigo publicado aqui mesmo, com o título de "Por quanto você venderia seu filho?", informamos que nós encontramos a resposta:
Não tem preço!
Não tem preço!
05 janeiro 2007
A família, "igreja doméstica", é chamada a refletir um raio da glória de Deus aparecida sobre a Igreja
No próximo domingo, celebramos a Epifania do Senhor. Aproveito para disponibilizar uma bela reflexão do Papa João Paulo II sobre essa solenidade, vinculando ao tema da família. Foi na Epifania de 1994, ano dedicado à família. Colhi esse texto diretamente do jornal L'Osservatore Romano. Nem no site do Vaticano esse texto está em português. Assim, aproveite!
"Entrando na casa (os Magos) viram o Menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no" (Mt 2, 11).
Existe um ligame estreitíssimo entre a epifania e a família: é-me grato ressaltá-lo nestes primeiros dias do Ano da Família. É na casa onde habita a Sagrada Família que os Magos encontram e reconhecem o Messias esperado. Ali, estes sábios pesquisadores do mistério divino recebem a luz que ilumina e dá alegria. Diz-se, de fato, que, entrando em casa, os Magos adoraram o Menino e Lhe apresentaram os seus dons simbólicos, cumprindo com este seu gesto os oráculos messiânicos do Antigo Testamento, que prenunciavam a homenagem de todas as nações ao Deus de Israel (Cf. Nm 24, 17; Is 49, 23; Sl 72, 10-15).
Cristo revela-se deste modo, na humilde e oculta família de Nazaré, como a verdadeira luz das nações que, enquanto abrange a humanidade inteira, derrama um particular fulgor espiritual sobre a realidade da família mesma.
O tema da luz está no centro da liturgia da Epifania, que amanhã celebraremos solenemente.
O Concílio Vaticano II afirma, com uma imagem de eloquência extraordinária, que "no rosto da Igreja" se reflete "a luz de Cristo" (Lumen gentium, 1). Ora, no mesmo Documento afirma-se também que a família é "igreja doméstica" (Lumen gentium, 11): ela, por conseguinte, é por sua vez chamada a refletir, no calor das relações interpessoais dos seus membros, um raio da glória de Deus, aparecida sobre a Igreja (Cf. Is. 60, 2). Um raio, certamente, não é a luz toda, contudo é sempre luz: toda a família, com as suas limitações, a pleno título é sinal do amor de Deus. O amor conjugal, o amor paterno e materno, o amor filial, imersos na graça do Matrimônio, formam um autêntico reflexo da glória de Deus, do amor da Santíssima Trindade.
Na Carta aos Efésios, São Paulo fala do "mistério" que foi revelado na plenitude dos tempos (Cf. Ef 3, 2-6): mistério do amor divino que, em Cristo, oferece a salvação aos homens de todas as raças e de todas as culturas. Pois bem, na mesma Carta, o Apóstolo faz referência ao "mistério grande", a propósito também do Matrimônio, em relação ao amor que une Cristo à Igreja (Cf. Ef 5, 32).
A família cristã, portanto, quando é fiel ao dinamismo que é intrínseco ao pacto sacramental, torna-se sinal autêntico do amor universal de Deus. Sacramento de unidade aberto a todos, próximos ou distantes, parentes ou não, em virtude do novo ligame -mais forte do que o sangue- que Cristo estabelece entre quantos o seguem.
Um semelhante modelo de família é "epifania" de Deus, manifestação do seu Amor gratuito e universal e, enquanto tal, ela é em si missionária, porque anuncia, com o seu estilo de vida, que Deus é amor e quer a salvação de todos os homens. "A família cristã -diz sempre o Concílio Vaticano II-, nascida de um matrimônio que é imagem e participação da aliança de amor entre Cristo e a Igreja, manifestará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja, quer por meio do amor dos esposos, quer pela sua generosa fecundidade, unidade e fidelidade, quer pela amável cooperação de todos os seus membros" (Gaudium et spes, 48).
O Evangelho da Epifania (Mt 2, 1-12) apresenta-nos os Magos que, vindos do Oriente guiados pela estrela, chegam a Belém, à "casa" (v. 11) onde habita a Sagrada Família, e se prostram diante do Menino. O centro da cena é Ele, Jesus: é Ele que é adorado, porque é Ele "o rei... que nasceu" (v. 2); é sua a estrela que os três sábios viram surgir de longe (v. 2); é Ele que, nascido em Belém da Judéia, está destinado a apascentar como chefe o povo de Deus (v. 6); a Ele os Magos oferecem os seus dons simbólicos.
E, entretanto, tudo isto acontece "na casa", onde eles, tendo entrado, "viram o Menino com Maria, Sua mãe" (v. 11). E José? Aqui Mateus -que também noutros episódios da infância o põe em grande relevo- parece querer deixá-lo no escondimento. Por que? Talvez para que o nosso olhar, como o dos Magos, se fixe naquele que é, sem dúvida, o autêntico ícone do Natal: o Menino no regaço da Virgem Mãe.
Enquanto contemplamos esse ícone, compreendemos como José, longe de ser excluído da cena, está pelo contrário, a seu modo, a participar nela plenamente. Quem de fato, senão ele, José, acolhe os Magos, quem os faz entrar na casa, e com eles, ou melhor, antes deles, se prostra diante de Jesus, que a Mãe estreita entre os braços?
O quadro da Epifania sugere que toda a família cristã se nutre espiritualmente de um dúplice dinamismo interior, cujo primeiro momento é a adoração de Jesus, "Deus conosco", e o segundo é a veneração para com a sua Mãe Santíssima. Os dois aspectos estão juntos, são inseparáveis, porque constituem os dois momentos de um único movimento do Espírito, que hoje vemos exprimir-se profeticamente no gesto dos Magos.
Caríssimos Irmãos e Irmãs! Estamos no início do Ano da Família, um tempo mais do que nunca propício para refletir sobre o papel e a importância da família na vida da Igreja e da sociedade. Um ano de aprofundamento doutrinal, certamente, mas um ano sobretudo de oração, e de oração em família, para obter do Senhor o dom de redescobrir e valorizar plenamente a missão que a Providência confia a cada família neste nosso tempo.
A contemplação da cena dos Magos nos ajude a dar-nos sempre conta de que a inteira existência familiar só encontra o seu sentido pleno, se for iluminada por Cristo luz, paz e esperança do homem.
Com os Magos entramos também nós na pobre casa de Belém e, com fé, adoramos o Salvador que nasceu para nós. Reconhecemos n’Ele o Senhor da história, o Redentor do homem, o Filho da Virgem, "sol que surge" e veio até nós para "guiar os nossos passos no caminho da paz" (Lc 1, 79).
"Entrando na casa (os Magos) viram o Menino com Maria, Sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no" (Mt 2, 11).
Existe um ligame estreitíssimo entre a epifania e a família: é-me grato ressaltá-lo nestes primeiros dias do Ano da Família. É na casa onde habita a Sagrada Família que os Magos encontram e reconhecem o Messias esperado. Ali, estes sábios pesquisadores do mistério divino recebem a luz que ilumina e dá alegria. Diz-se, de fato, que, entrando em casa, os Magos adoraram o Menino e Lhe apresentaram os seus dons simbólicos, cumprindo com este seu gesto os oráculos messiânicos do Antigo Testamento, que prenunciavam a homenagem de todas as nações ao Deus de Israel (Cf. Nm 24, 17; Is 49, 23; Sl 72, 10-15).
Cristo revela-se deste modo, na humilde e oculta família de Nazaré, como a verdadeira luz das nações que, enquanto abrange a humanidade inteira, derrama um particular fulgor espiritual sobre a realidade da família mesma.
O tema da luz está no centro da liturgia da Epifania, que amanhã celebraremos solenemente.
O Concílio Vaticano II afirma, com uma imagem de eloquência extraordinária, que "no rosto da Igreja" se reflete "a luz de Cristo" (Lumen gentium, 1). Ora, no mesmo Documento afirma-se também que a família é "igreja doméstica" (Lumen gentium, 11): ela, por conseguinte, é por sua vez chamada a refletir, no calor das relações interpessoais dos seus membros, um raio da glória de Deus, aparecida sobre a Igreja (Cf. Is. 60, 2). Um raio, certamente, não é a luz toda, contudo é sempre luz: toda a família, com as suas limitações, a pleno título é sinal do amor de Deus. O amor conjugal, o amor paterno e materno, o amor filial, imersos na graça do Matrimônio, formam um autêntico reflexo da glória de Deus, do amor da Santíssima Trindade.
Na Carta aos Efésios, São Paulo fala do "mistério" que foi revelado na plenitude dos tempos (Cf. Ef 3, 2-6): mistério do amor divino que, em Cristo, oferece a salvação aos homens de todas as raças e de todas as culturas. Pois bem, na mesma Carta, o Apóstolo faz referência ao "mistério grande", a propósito também do Matrimônio, em relação ao amor que une Cristo à Igreja (Cf. Ef 5, 32).
A família cristã, portanto, quando é fiel ao dinamismo que é intrínseco ao pacto sacramental, torna-se sinal autêntico do amor universal de Deus. Sacramento de unidade aberto a todos, próximos ou distantes, parentes ou não, em virtude do novo ligame -mais forte do que o sangue- que Cristo estabelece entre quantos o seguem.
Um semelhante modelo de família é "epifania" de Deus, manifestação do seu Amor gratuito e universal e, enquanto tal, ela é em si missionária, porque anuncia, com o seu estilo de vida, que Deus é amor e quer a salvação de todos os homens. "A família cristã -diz sempre o Concílio Vaticano II-, nascida de um matrimônio que é imagem e participação da aliança de amor entre Cristo e a Igreja, manifestará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja, quer por meio do amor dos esposos, quer pela sua generosa fecundidade, unidade e fidelidade, quer pela amável cooperação de todos os seus membros" (Gaudium et spes, 48).
O Evangelho da Epifania (Mt 2, 1-12) apresenta-nos os Magos que, vindos do Oriente guiados pela estrela, chegam a Belém, à "casa" (v. 11) onde habita a Sagrada Família, e se prostram diante do Menino. O centro da cena é Ele, Jesus: é Ele que é adorado, porque é Ele "o rei... que nasceu" (v. 2); é sua a estrela que os três sábios viram surgir de longe (v. 2); é Ele que, nascido em Belém da Judéia, está destinado a apascentar como chefe o povo de Deus (v. 6); a Ele os Magos oferecem os seus dons simbólicos.
E, entretanto, tudo isto acontece "na casa", onde eles, tendo entrado, "viram o Menino com Maria, Sua mãe" (v. 11). E José? Aqui Mateus -que também noutros episódios da infância o põe em grande relevo- parece querer deixá-lo no escondimento. Por que? Talvez para que o nosso olhar, como o dos Magos, se fixe naquele que é, sem dúvida, o autêntico ícone do Natal: o Menino no regaço da Virgem Mãe.
Enquanto contemplamos esse ícone, compreendemos como José, longe de ser excluído da cena, está pelo contrário, a seu modo, a participar nela plenamente. Quem de fato, senão ele, José, acolhe os Magos, quem os faz entrar na casa, e com eles, ou melhor, antes deles, se prostra diante de Jesus, que a Mãe estreita entre os braços?
O quadro da Epifania sugere que toda a família cristã se nutre espiritualmente de um dúplice dinamismo interior, cujo primeiro momento é a adoração de Jesus, "Deus conosco", e o segundo é a veneração para com a sua Mãe Santíssima. Os dois aspectos estão juntos, são inseparáveis, porque constituem os dois momentos de um único movimento do Espírito, que hoje vemos exprimir-se profeticamente no gesto dos Magos.
Caríssimos Irmãos e Irmãs! Estamos no início do Ano da Família, um tempo mais do que nunca propício para refletir sobre o papel e a importância da família na vida da Igreja e da sociedade. Um ano de aprofundamento doutrinal, certamente, mas um ano sobretudo de oração, e de oração em família, para obter do Senhor o dom de redescobrir e valorizar plenamente a missão que a Providência confia a cada família neste nosso tempo.
A contemplação da cena dos Magos nos ajude a dar-nos sempre conta de que a inteira existência familiar só encontra o seu sentido pleno, se for iluminada por Cristo luz, paz e esperança do homem.
Com os Magos entramos também nós na pobre casa de Belém e, com fé, adoramos o Salvador que nasceu para nós. Reconhecemos n’Ele o Senhor da história, o Redentor do homem, o Filho da Virgem, "sol que surge" e veio até nós para "guiar os nossos passos no caminho da paz" (Lc 1, 79).
02 janeiro 2007
Verão: como se vestir para a missa?
Essa é uma dúvida que muitos católicos têm. Aqui no Brasil, em alguns lugares os termômetros chegam a marcar 40º. Surge daí um costume de se usar roupas frescas em todo ambiente, inclusive a missa. E esse costume se prolonga para o resto do ano. Não é difícil encontrar, em várias cidades, pessoas indo de chinelos, bermudas, camisetas, decotes, saias curtas, etc. E a pergunta natural que muitos se fazem é: que roupa é mais adequada para ir à missa?
Levantei a questão em algumas comunidades do Orkut, e pude constatar que se trata de um problema que incomoda muita gente.
É o caso da Michelle, de Magé (RJ): "Meus olhos são 'implacáveis': parece que as pessoas vestidas inadequadamente acendem quando passam na minha frente. Trabalho em frente à Paróquia de Sta. Rita, no Centro do Rio, onde freqüento às Missas nos dias de semana e é frenqüente ver mulheres com trajes inadequados e muitas vezes indecentes. Inclusive mulheres que servem ao altar. Acho que Cristo nos aceita como somos, sim, e sabe muito bem nossas limitações, mas também somos responsáveis em darmos exemplo aos outros e devemos respeito aos mesmos. Creio muito que em 'exibir sensualidade' não haja espaço para pureza de intenção".
Impressão semelhante tem a Sonia Cristina: "Aqui no Rio é meio esculachado principalmente em Copacabana. O pessoal sai da academia de ginástica e vai pra missa com aquelas roupas de academia (justíssimas) e bermuda, chinelo, alcinha, etc., é traje comum. Eu nunca fui de chinelo mas já fui de blusa de alçinha e na hora da comunhão me senti constrangida".
Mas nem todos pensam assim. Existem pessoas que têm sérios problemas com o calor. É o caso do Eduardo: "se eu for de calça comprida vou sentir tanto calor que será impossível me concentrar na missa, ainda mais que sofro um pouco de défict de atenção (TDA) além de transpiração excessiva, sou hipercalorento. Quando, na igreja, há poucos ventiladores, procuro chegar mais cedo para pegar o melhor lugar, e não levanto para as velhinhas não, elas que chegassem mais cedo".
Nem sempre é fácil encontrar a medida do bom senso, nessas situações. O uso de roupas tem, certamente, um caráter cultural, mas ao mesmo tempo requer a consciência do mistério que se vive na missa. Essa consciência pode servir de critério para a escolha. É o que pensa a Graziela, de Brasília (DF): "Homens: devem usar calça e camisa de manga, e não camiseta, e de preferência, com tênis, sapato... Nada de camiseta, chinelo, short... Mulher: saia no joelho, vestido no joelho, camisa de manga, calça, bermuda no joelho. Nada de decote, mini-saia, short, tomara-que-caia... Pode até, usar uma camiseta, mas na hora da missa coloque uma jaqueta ou outra coisa por cima e quando terminar a missa tire. Tenho certeza que se vocês fossem encontrar com o Presidente da Republica ou qualquer outra autoridade não iriam decotadas, de mini-saia, de short, de chinelo... e JESUS é mais importante do que ele. Não se pode ir à missa como quem vai à praia. Uma vez perguntei para uma irmã carmelita se ela não sentia muito calor com aquela roupa.... e a resposta dela foi: 'Não. Tem gente que usa menos roupa e sente calor'. E é verdade".
O mesmo sentido do mistério é apresentado por Renaud, de Curitiba, como um critério para discernir a melhor roupa a partir da consciência do que significa a missa: "Essa roupa é adequada para me encontrar com meu Senhor? Se pensarmos assim, ainda que no calor, poderemos escolher uma roupa fresca, sem desrespeitar". É mais ou menos o mesmo pensamento de Anthony, do Recife: "A nossa roupa na Missa deve expressar nosso respeito e reverência à casa de Deus, pois a Missa é um momento solene, um encontro com Jesus".
"Nenhuma mulher morre de calor apenas por deixar de usar um decote -diz Izabel, de Campinas (SP). E nenhuma pessoa morre de calor por não usar uma bermuda/saia curta. É uma questão de respeito não apenas com a igreja (templo) e a Deus, mas com todos os que estão lá presentes, desde o padre até cada um que participa da missa". E como lembra Lucas, da mesma cidade: "Aliás, decotes não foram 'inventados' para se combater o calor, mas sim para outra coisa". E continua: "Vou mais longe. Podem me chamar de careta, mas para mim, Missa definitivamente não é lugar de umbigos de fora, e saias acima dos joelhos. Seria louvável até que as mulheres utilizassem algum vestido ou camiseta que lhes cobrissem os ombros. Aliás, alguém já participou de uma Missa em que na fila da comunhão se 'vestem' as mulheres que estão com ombros de fora, com um pano? Acho muito pertinente essa prática".
Para Lilian, do Rio de Janeiro, o problema não se coloca apenas na missa, mas na vida cotidiana do cristão: "Acho que não se deve usar na Missa o que também não se deve usar nas demais ocasiões! Devemos dar exemplo dentro e fora da Igreja, a Missa não deve acabar quando o Padre dá a benção e sim fazer parte de nós! Somos sal e luz da terra, nada de escandalizar a nossa Igreja! De short eu ando em casa, para tomara que caia existem bolerinhos lindos hoje em dia! Roupa curta para que? Teu corpo é templo do Espírito Santo!"
A escolha da roupa acaba revelando o que há no coração. O mesmo se diga de outros aspectos da preparação para a missa: fazer a barba, cuidar das unhas, perfurmar-se. Preparar-se bem para um encontro especial (que é ao mesmo tempo o banquete nucpcial e o sacrifício do Cordeiro) significa cuidar dos detalhes, físicos e espirituais, e isso é sinal concreto de amor ao Senhor. É a ele que queremos pertencer, de corpo e alma.
Para uma reflexão mais ampla, convidamos a ler nossa matéria Pudor e dignidade.
Levantei a questão em algumas comunidades do Orkut, e pude constatar que se trata de um problema que incomoda muita gente.
É o caso da Michelle, de Magé (RJ): "Meus olhos são 'implacáveis': parece que as pessoas vestidas inadequadamente acendem quando passam na minha frente. Trabalho em frente à Paróquia de Sta. Rita, no Centro do Rio, onde freqüento às Missas nos dias de semana e é frenqüente ver mulheres com trajes inadequados e muitas vezes indecentes. Inclusive mulheres que servem ao altar. Acho que Cristo nos aceita como somos, sim, e sabe muito bem nossas limitações, mas também somos responsáveis em darmos exemplo aos outros e devemos respeito aos mesmos. Creio muito que em 'exibir sensualidade' não haja espaço para pureza de intenção".
Impressão semelhante tem a Sonia Cristina: "Aqui no Rio é meio esculachado principalmente em Copacabana. O pessoal sai da academia de ginástica e vai pra missa com aquelas roupas de academia (justíssimas) e bermuda, chinelo, alcinha, etc., é traje comum. Eu nunca fui de chinelo mas já fui de blusa de alçinha e na hora da comunhão me senti constrangida".
Mas nem todos pensam assim. Existem pessoas que têm sérios problemas com o calor. É o caso do Eduardo: "se eu for de calça comprida vou sentir tanto calor que será impossível me concentrar na missa, ainda mais que sofro um pouco de défict de atenção (TDA) além de transpiração excessiva, sou hipercalorento. Quando, na igreja, há poucos ventiladores, procuro chegar mais cedo para pegar o melhor lugar, e não levanto para as velhinhas não, elas que chegassem mais cedo".
Nem sempre é fácil encontrar a medida do bom senso, nessas situações. O uso de roupas tem, certamente, um caráter cultural, mas ao mesmo tempo requer a consciência do mistério que se vive na missa. Essa consciência pode servir de critério para a escolha. É o que pensa a Graziela, de Brasília (DF): "Homens: devem usar calça e camisa de manga, e não camiseta, e de preferência, com tênis, sapato... Nada de camiseta, chinelo, short... Mulher: saia no joelho, vestido no joelho, camisa de manga, calça, bermuda no joelho. Nada de decote, mini-saia, short, tomara-que-caia... Pode até, usar uma camiseta, mas na hora da missa coloque uma jaqueta ou outra coisa por cima e quando terminar a missa tire. Tenho certeza que se vocês fossem encontrar com o Presidente da Republica ou qualquer outra autoridade não iriam decotadas, de mini-saia, de short, de chinelo... e JESUS é mais importante do que ele. Não se pode ir à missa como quem vai à praia. Uma vez perguntei para uma irmã carmelita se ela não sentia muito calor com aquela roupa.... e a resposta dela foi: 'Não. Tem gente que usa menos roupa e sente calor'. E é verdade".
O mesmo sentido do mistério é apresentado por Renaud, de Curitiba, como um critério para discernir a melhor roupa a partir da consciência do que significa a missa: "Essa roupa é adequada para me encontrar com meu Senhor? Se pensarmos assim, ainda que no calor, poderemos escolher uma roupa fresca, sem desrespeitar". É mais ou menos o mesmo pensamento de Anthony, do Recife: "A nossa roupa na Missa deve expressar nosso respeito e reverência à casa de Deus, pois a Missa é um momento solene, um encontro com Jesus".
"Nenhuma mulher morre de calor apenas por deixar de usar um decote -diz Izabel, de Campinas (SP). E nenhuma pessoa morre de calor por não usar uma bermuda/saia curta. É uma questão de respeito não apenas com a igreja (templo) e a Deus, mas com todos os que estão lá presentes, desde o padre até cada um que participa da missa". E como lembra Lucas, da mesma cidade: "Aliás, decotes não foram 'inventados' para se combater o calor, mas sim para outra coisa". E continua: "Vou mais longe. Podem me chamar de careta, mas para mim, Missa definitivamente não é lugar de umbigos de fora, e saias acima dos joelhos. Seria louvável até que as mulheres utilizassem algum vestido ou camiseta que lhes cobrissem os ombros. Aliás, alguém já participou de uma Missa em que na fila da comunhão se 'vestem' as mulheres que estão com ombros de fora, com um pano? Acho muito pertinente essa prática".
Para Lilian, do Rio de Janeiro, o problema não se coloca apenas na missa, mas na vida cotidiana do cristão: "Acho que não se deve usar na Missa o que também não se deve usar nas demais ocasiões! Devemos dar exemplo dentro e fora da Igreja, a Missa não deve acabar quando o Padre dá a benção e sim fazer parte de nós! Somos sal e luz da terra, nada de escandalizar a nossa Igreja! De short eu ando em casa, para tomara que caia existem bolerinhos lindos hoje em dia! Roupa curta para que? Teu corpo é templo do Espírito Santo!"
A escolha da roupa acaba revelando o que há no coração. O mesmo se diga de outros aspectos da preparação para a missa: fazer a barba, cuidar das unhas, perfurmar-se. Preparar-se bem para um encontro especial (que é ao mesmo tempo o banquete nucpcial e o sacrifício do Cordeiro) significa cuidar dos detalhes, físicos e espirituais, e isso é sinal concreto de amor ao Senhor. É a ele que queremos pertencer, de corpo e alma.
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