No Brasil, tem sido grande a discussão sobre o tema da violência doméstica. Importantes esforços foram feitos recentemente para punir o agressor, especialmente com a criação da Lei Maria da Penha e da instalação de delegacias especializadas em violência contra a mulher. Sem descuidar desse ponto, precisamos avançar para uma política familiar de prevenção da violência doméstica. Essa notícia aqui relata um estudo, que mostra o mal à saúde mental das pessoas quando presenciam violência entre seus pais. Destaco a conclusão dos autores da pesquisa: a intensificação da triagem e prevenção da violência doméstica, incluindo a violência entre os pais, é uma questão de saúde pública para o bem-estar de futuras gerações.Relacionamento familiar, educação, saúde, comportamento, e tudo aquilo que permite que nossas famílias sejam lugar de encontro com os irmãos e com Deus.
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19 outubro 2009
Violência doméstica: da punição para a prevenção
No Brasil, tem sido grande a discussão sobre o tema da violência doméstica. Importantes esforços foram feitos recentemente para punir o agressor, especialmente com a criação da Lei Maria da Penha e da instalação de delegacias especializadas em violência contra a mulher. Sem descuidar desse ponto, precisamos avançar para uma política familiar de prevenção da violência doméstica. Essa notícia aqui relata um estudo, que mostra o mal à saúde mental das pessoas quando presenciam violência entre seus pais. Destaco a conclusão dos autores da pesquisa: a intensificação da triagem e prevenção da violência doméstica, incluindo a violência entre os pais, é uma questão de saúde pública para o bem-estar de futuras gerações.Quando as crianças devem (ou não) dormir com os pais
É certo que dez em cada dez crianças entre 3 e 5 anos pede ou já pediu para os pais para passar a noite no quarto com eles. Nessas horas, é difícil negar abrigo ao filhote. Mas como saber se essa proteção noturna é saudável e se não vai prejudicar o desenvolvimento psicológico da criança? Em que casos é preciso impor limites? Abaixo você confere respostas para esse tipo de pergunta e ainda vê dicas para lidar com as mais diversas situações.1. Nessa idade é normal que a criança durma sempre com os pais?
Não. Ela já devia estar dormindo sozinha há muito tempo. Nos três primeiros meses de vida, é importante que mãe e filho durmam no mesmo quarto para fortalecer o vínculo e a confiança entre os dois. Entretanto, a partir do quarto mês, quando o sono do bebê já é mais profundo, ele deve se acostumar a ficar sozinho em seu quarto. Com mais de 5 anos então...
2. Quais os aspectos negativos de permitir que a criança esteja sempre na cama com os pais?
Sentir compaixão com os temores da criança é mais do que normal. Mas, se a proteção é excessiva e o medo de que aconteça algo com os filhos enquanto dormem é exagerado, no futuro, quando crescerem, eles podem se tornar pessoas inseguras, muito dependentes e incapazes de lidar com frustrações.
3. Em quais situações é preciso ser mais flexível e deixar a criança passar a noite no quarto do casal?
Quando a criança tem um pesadelo e acorda assustada, com medo, os pais devem explicar que aquilo foi apenas um sonho, algo que vai passar, e permitir que ela fique por ali. Dica: assim que o pequeno adormecer, leve-o de volta para o seu quarto. É importante que ele acorde na própria cama e veja que todos os monstros não estão lá.
4. E se a criança pede para dormir logo no início da noite?
Nesse caso, o ideal é colocá-la na cama dela e fazer-lhe companhia até que pegue no sono. Contar histórias infantis pode proporcionar mais tranqüilidade para que ela durma na santa paz. Além de ser mais um momento rico de convivência. A dica também serve para quando a criança adoece. A assistência deve ser dada em seu próprio quarto para que ela não crie o hábito de dormir com os pais toda vez que ficar doente.
5. Filho único tem mais dificuldade para dormir sozinho?
Entre o primeiro e o segundo ano de vida, isso é comum. Por não conviver com outras crianças o filho único tende a ser mais dependente dos adultos. Mas aos 5 anos de idade já devia estar superado.
6. Como saber se ela sofre do chamado terror noturno?
Se a criança está dormindo tranqüila e, de repente, acorda aterrorizada. Senta-se na cama e começa a gritar com expressão de medo no rosto e os olhos bem abertos. O coração dispara e a respiração fica irregular. Depois de dois minutos de crise, ela volta a dormir como se nada tivesse acontecido. Esses são os sinais típicos do terror noturno, um problema sério, que precisa de acompanhamento médico caso aconteça sempre.
7. Acontecimentos inusitados e mudanças na rotina podem fazer a criança se sentir insegura?
Sim. É normal, por exemplo, que ao mudar de escola, ela fique mais insegura. Mas isso não é justificativa para dormir com os pais. Novamente reforçamos: o ideal é que o pai ou mãe façam companhia para que ela durma em seu próprio quarto. Quando há mudança de casa ou de cidade, não há problema em a criança passar a noite por alguns dias no quarto do casal até se acostumar com o novo lugar. Problemas graves, como lidar com a morte de uma pessoa próxima da família, requerem bastante atenção dos pais. Caso o episódio comece a interferir no sono, na alimentação e no rendimento escolar, pode ser necessário procurar a orientação de um psicólogo infantil.
8. Como fazer para que ela deixe de dormir com os pais?
É preciso explicar sobre a importância de cada um ter seu próprio espaço. Proibir de uma noite para outra que a criança durma com o casal pode ser encarado como rejeição. Ela precisa tomar posse do quarto dela e compreender que essa é uma forma de ter autonomia. No caso dos filhos únicos que acabaram de ganhar um irmãozinho, os pais devem explicar que a ele precisa ser mais independente e ajudar a tomar conta do bebê em um quarto comum.
9. Dormir no quarto dos pais pode causar problemas de sexualidade no futuro?
Depende. Se a criança acordar no meio da noite e os pais estiverem fazendo sexo e esses casos não são tão incomuns , ela pode encarar aquele ato como uma espécie de agressão física de um para com o outro. Isso pode, eventualmente, atrapalhar a sua vida sexual na idade adulta.
Fonte
12 outubro 2009
Estabelecer um ritual é o primeiro passo para estimular o sono da criança
Colocar o filho na cama é um martírio para uma parcela grande de pais. A criança barganha até o último minuto para ficar na sala, reluta para ficar sozinha no escuro ou levanta no meio da noite, pedindo companhia. Nessas horas, por cansaço, a vontade que dá é dividir o cobertor com o pequeno, o que é um erro, segundo especialistas.Ensinar a criança a dormir sozinha é uma arte e inclui uma mudança na dinâmica da família toda, como afirma o pediatra e especialista em medicina do sono Gustavo Moreira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). E o termo, ele diz, é realmente "ensinar", " e não 'fazer' a criança dormir", esclarece.
A dificuldade tem origem nos primeiros meses de vida. Em primeiro lugar, não há luz na barriga da mamãe, portanto é natural que leve algum tempo até relacionar o sono ao período da noite. Além disso, o bebê é acostumado a dormir no colo da mãe, depois de mamar, e habituar a criança a dormir sozinha, mais tarde, vira um desafio.
A principal regra para que a criança durma sem sofrimento é estabelecer um ritual. Isso significa que, pelo menos uma hora antes de dormir, é preciso puxar o freio e diminuir o ritmo da casa. Então é preciso definir um roteiro, que será repetido toda noite, inclusive nos fins de semana: ir para o quarto, colocar o pijama, ir para o banheiro, escovar os dentes, dar um beijo nos pais e deitar, não necessariamente nessa ordem.
"A criança deve ser colocada no berço ou na cama acordada", ensina o médico. Contar uma história ou cantar uma música são práticas úteis para estimular o sono. Mas é preciso estabelecer limites, pois o filho sempre pede mais.
Deixar a criança dormir com um ursinho ou boneca é outro costume bem-vindo, segundo Moreira. "O brinquedo passa a ser associado ao sono e vira um substituto para a presença dos pais", comenta. O leitinho antes de dormir também pode ajudar, mas é fundamental que a criança escove os dentes depois, mesmo as menores.
O ambiente também conta para evitar problemas: "Não pode haver nenhum eletroeletrônico no quarto", diz o médico. Se houver a necessidade de manter alguma luz acesa, porque a criança tem medo do escuro, a lâmpada azul, de intensidade fraca, é a opção mais indicada, para não prejudicar a secreção da melatonina, o hormônio do sono.
Outro ponto importante é o horário. O especialista enfatiza que a criança tem que estar na cama antes das nove da noite. "Dormir além desse horário pode até aumentar o risco de obesidade", alerta.
Se a criança levantar no meio da noite e for até a cama dos pais, é preciso ser firme e levá-la de volta ao quarto. "Todo mundo acorda no meio da noite, vira para o lado e volta a dormir. Isso é o que a criança precisa aprender a fazer também", diz o médico. "Se os pais forem seguros, ela vai obedecer", garante.
Doenças do sono
Algumas doenças podem prejudicar o sono dos pequenos, por isso fique atento se seu filho ronca. Isso pode ser um indício de apneia do sono, síndrome caracterizada pela interrupção da respiração e afeta cerca de 2% das crianças. Ao contrário dos adultos com o problema, que apresentam sonolência diurna, os sintomas mais comuns nos pequenos são irritabilidade, falta de atenção e baixo rendimento na escola.
Em geral, a apneia infantil é tratada com uma cirurgia simples para retirada das amígdalas e das adenoides. Embora a ideia preocupe os pais, nesse caso é uma questão de custo-benefício: "A apneia pode resultar em alterações cardíacas e cerebrais", justifica o especialista.
Outro problema comum é a respiração bucal, síndrome que ocorre em cerca de um quarto das crianças e que pode prejudicar o desenvolvimento. Se o problema for constante, é recomendável procurar um especialista.
Já o sonambulismo, comum na infância, em geral não exige tratamento, a não ser que ocorra todas as noites. Mas lembre-se de proteger a criança de possíveis acidentes, com precauções como tirar objetos pontiagudos do quarto, colocar grade na janela e portão na escada.
05 outubro 2009
Cochilos diurnos são importantes para reduzir ansiedade da criança, diz estudo
Crianças com idades entre quatro e cinco anos que não costumam cochilar durante o dia são mais hiperativas e ansiosas do que aquelas que tiram sonecas diurnas, segundo estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia apresentado este mês no congresso Sleep 2009, em Seattle, Estados Unidos.O estudo avaliou 62 crianças através de actigrafia, que mede os padrões de sono, e do relato de pais e responsáveis sobre tempo que a criança permanecia na cama durante a semana e nos finais de semana, padrões de cochilo, fatores demográficos, além de uma avaliação comportamental da criança. E aquelas que não cochilavam pareciam ter maiores níveis de hiperatividade, ansiedade e depressão.
Com as análises, os especialistas concluíram que os cochilos podem ter uma influência significativa no "funcionamento" da criança durante o dia, e devem ser incentivados. "Há uma grande variabilidade individual em quando as crianças estão prontas para largar as sonecas", disse o pesquisador Brian Crosby. "Eu encorajaria os pais a incluir um tempo tranquilo de descanso em sua agenda diária que permitiria à criança cochilar se necessário", completou.
Fonte: Sleep 2009. 23rd Annual Meeting of the Associated Professional Sleep Societies. 08 de junho de 2009 e Boa Saúde.