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21 dezembro 2008

Arqueologia: homem e mulher os criou





Há quem diga que a estrutura familiar monogâmica (pai, mãe e filhos) é meramente uma construção cultural. Segundo essa idéia, não haveria uma "família natural", mas poder-se-ia pensar em um sem-número de arranjos familiares distintos, incluindo os homossexuais.

A edição n. 2.090 da Revista Veja, de 10 de dezembro, traz a notícia "A primeira família", na qual se relata uma descoberta arqueológica significativa. Contradiz essa ideologia, demonstrando que o mistério nupcial - para usarmos uma expressão de Angelo Scola - é inerente à nossa humanidade. Copio, abaixo, passagens da reportagem.

Uma pesquisa publicada há duas semanas por um grupo de arqueólogos alemães, ligados à Universidade de Mainz, confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos. O estudo foi feito com base num conjunto de quatro túmulos coletivos que datam de 4.600 anos atrás, encontrados próximo ao Rio Saale, no interior da Alemanha. Os túmulos abrigavam treze ossadas, cujas fraturas sugeriam que os indivíduos haviam sido vítimas de um massacre. Através de análises de DNA, provou-se que, num dos túmulos, pai, mãe e filhos – dois meninos com cerca de 5 e 9 anos – haviam sido enterrados juntos. Como mostra uma reconstituição artística feita a partir das ossadas, cada uma das crianças foi sepultada, respectivamente, junto aos braços do pai e da mãe. O achado constitui a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear já encontrada e identificada por meio da genética.

Até meados do século XX, prevalecia entre os antropólogos a idéia de que a família nuclear era uma instituição apenas cultural.

Como mostra a imagem da família abraçada no túmulo encontrado na Alemanha, o instinto familiar é ancestral no Homo sapiens.
Para entender mais o conceito de mistério nupcial, recomendo a leitura dessa resenha aqui.


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